INTRODUÇÃO


É cômico escrever sobre a sua vida, ainda mais, quando ainda se está vivo para conta-la, mas já tendo a certeza que este será o seu ultimo ato, pelo menos nesta vida.

Antes de mais nada, quero deixar claro que por mais que estas lembranças possam lembrar de imediato a obra de Machado de Assis, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, ressalvo aqui, desde já, algumas diferenças que devem ser levadas em consideração.

Em primeiro lugar e a mais óbvia de inicio é que elas não estão sendo escritas por um Morto. Mas sim por um vivo que tem a absoluta certeza e convicção de que já está morto.

A segunda é que não irei utilizar a mesma forma de tempo, o conto machadiano é contado da morte ao nascimento de Brás Cubas. Como irei morrer mesmo, vou tentar expor pelo menos o porque. Então contarei minha história do nascimento até a minha já presumida morte. Para aqueles que lerem estas palavras pelo menos saibam o porque cheguei a conclusão de minha infindável morte.

Em terceiro Machado de Assis era um grande Escritor, pensador, filosofo, republicano etc. Eu não! Sou apenas uma pessoa comum, estudado sim, mas comum, tenho um emprego, uma esposa maravilhosa ainda sem filhos, mas com muita vontade de ter, mas medo de o faze-lo, pois se souberem o que eu percebi poderiam morrer também. Chegar à mesma conclusão que a minha é ver ao longe a sombra com seu alfanje em punhos esperando na esquina mais próxima de sua residência.

Em quarto, e ultimo lugar, isto não é uma narração, não há um personagem, apesar de em “Memórias Póstumas de Brás Cubas” o personagem principal Brás Cubas sofrer com seu existencialismo de forma profunda. Ele ainda é um personagem. Nestas lembranças não sou um personagem, sou real, de carne e osso. Sofrendo como um homem, tentando somente escrever minhas emoções e pensamentos como se precisasse me livrar de um peso que me tornou corcunda há tempos.

Para facilitar estas memórias resolvi dividi-las em três partes. Na primeira irei contar um pouco de minha infância, vou tentar expor ao máximo sobre ela. Na segunda irei contar sobre a minha vida, apesar de a infância já ser parte da minha vida, resolvi transforma-la em uma parte independente para ficar mais fácil de recorda-las. Por ultimo irei escrever sobre a minha morte, afinal sou o único vivo-morto que eu conheço deixando suas lembranças para alguém ou até mesmo para ninguém.

Mas quem as leu até aqui deve estar se perguntando. Porque continuarei a ler as lembranças de alguém que ainda nem se apresentou?

Como por exemplo, a clássica história de Issac Newton embaixo de sua macieira quando de repente o fruto cai em sua cabeça e ele intrigado se pergunta. Porque? E o que temos, voala as leis da Gravidade! Obvio que curiosidade demais também é perigoso, quanto mais verdades você encontra, mais obscuro você se torna, podendo leva-lo a morte também.

Em segundo lugar, para quê nomes? Se desejar pode ler estas memórias como uma história, mas no final verá que eu não sou tão diferente de algum amigo, parente ou conhecido seu. Ou até mesmo você!



Rev. 1

4 comentários:

Unknown disse...

opa to anchando interessante hein, to esperando o próximo capitulo... mas espero que apesar de baseada em sua vida seja uma história fctícia...
bjunda
Rene

Anônimo disse...

Bem... Amei o que li, me emocionei com o texto, estou na expectativa de novas sensações das linhas.

Dininha

Anônimo disse...

Está ótimo!! Mas um tanto quanto assustador também! Hehehehe!!

Druida disse...

A arte é um dom, e destes dons nascem as obras... Estou presenciando o nascimento de uma bela obra!

Devéras intrigante, conte mais...

Meus calorosos abraços querido irmão.